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Taxas Euribor sobem

As taxas Euribor, usadas para calcular a prestação da casa, aumentaram nos prazos de três, seis e 12 meses. No entanto, mantêm-se abaixo da marca de 4% em todos os três períodos.

A taxa Euribor a 12 meses, principal referência para os empréstimos à habitação com taxa variável em Portugal, subiu para 3,686%, um acréscimo de 0,016 pontos em relação à segunda-feira, após ter atingido 4,228% em 29 de setembro, o valor mais alto desde novembro de 2008.
No prazo de seis meses, a Euribor também subiu para 3,928%, um aumento de 0,013 pontos em relação à sessão anterior, comparado ao máximo de 4,143% em 18 de outubro, desde novembro de 2008.
Da mesma forma, a Euribor a três meses aumentou para 3,943%, um aumento de 0,011 pontos, depois de ter atingido 4,002% em 19 de outubro, o valor mais alto desde novembro de 2008.
A média da Euribor em janeiro voltou a diminuir nos três prazos, mas com uma queda menos pronunciada do que em dezembro, diminuindo 0,010 pontos para 3,925% a três meses (contra 3,935% em janeiro), 0,035 pontos para 3,892% a seis meses (contra 3,927%) e 0,070 pontos para 3,609% a 12 meses (contra 3,679%).

Em dezembro, a média da Euribor baixou 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

Na última reunião de política monetária em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira vez consecutiva, após dez aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião do BCE está agendada para 7 de março.

As taxas Euribor começaram a subir significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, após o BCE indicar a possibilidade de aumentar as taxas de juro devido ao aumento da inflação na Zona Euro, reforçadas pelo início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, seis e 12 meses atingiram mínimos históricos, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As taxas Euribor são determinadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

fonte: https://eco.sapo.pt

Postura empresarial

Um novo colaborador pediu-me um dia de folga.
Aprovei imediatamente.
Ele ficou surpreendido e perguntou-me: “Mas não quer saber o motivo?”

A minha resposta foi: Não preciso de saber os detalhes.

Eu contratei-o para fazer um trabalho e confio em si para isso.

Você pode escolher como fazê-lo. Venha para o escritório motivado e feliz!

Das 9h às 17h? Sem problema. Trabalha em casa? Sem problema. Sai mais cedo? Sem problema. Trabalha na oficina enquanto arranjam o seu carro? Sem problema.

Somos todos humanos.
Eu não preciso saber se você se vai atrasar por causa de uma consulta médica ou se está a sair mais cedo devido a um assunto pessoal.

É triste como infantilizamos tanto o ambiente de trabalho, que os colaboradores sentem a necessidade de pedirem desculpa por terem vida pessoal.

Eu confio em si.

Créditos: Brigette Hyacinth

Teletrabalho, indiscutivelmente positivo

foto: unsplash.com

Um estudo envolvendo mais de 554 empresas revelou um notável aumento no crescimento das empresas que adotam políticas de trabalho remoto!

A pesquisa, conduzida pela Scoop Technologies e pelo Boston Consulting Group, apresentou um dado impressionante: empresas que implementam políticas de trabalho remoto registraram um crescimento de receita quatro vezes superior em comparação com aquelas que mantêm políticas rígidas de trabalho presencial.

Durante o período entre 2020 e 2022, essas empresas observaram um aumento nas vendas de 21%, enquanto aquelas mais presenciais cresceram apenas 5%.

Isso evidencia como a flexibilidade no local de trabalho não apenas impulsiona a produtividade, mas também contribui significativamente para o sucesso financeiro das empresas.

Aqui estão os resultados da pesquisa:

  • Empresas consideradas “totalmente flexíveis” (remotas ou com opção de trabalho presencial) tiveram um aumento nas vendas de 21% entre 2020 e 2022, ajustadas por setor.
  • Empresas com políticas híbridas ou totalmente presenciais cresceram apenas 5% no mesmo período.
  • A análise englobou 554 empresas de 20 setores diferentes, empregando um total de 26,7 milhões de pessoas.
  • Entre as empresas que exigiam alguma presença no escritório, aquelas com trabalho híbrido apresentaram um crescimento duas vezes maior em comparação com as totalmente presenciais.
  • A possibilidade de contratar mais rapidamente, proveniente de uma área geográfica mais ampla, e a maior retenção de funcionários podem estar associadas à maior taxa de crescimento para empresas favoráveis ao trabalho remoto.

Novo máximo de 812 mil milhões de euros da dívida portuguesa

O endividamento da economia portuguesa atingiu um novo recorde em setembro, totalizando 812 mil milhões de euros, com um aumento de 0,15% em comparação com agosto. Desta cifra, 446 mil milhões de euros correspondem ao setor privado, enquanto 366,4 mil milhões de euros são atribuídos ao setor público. Ao longo do ano, a dívida global cresceu 13,5 mil milhões de euros, alcançando cerca de 306% do PIB estimado pelo Governo para o mesmo período.

O setor privado registou um aumento de mais de mil milhões de euros (0,23%), impulsionado principalmente pelo acréscimo de 0,33% (ou 978 milhões de euros) na dívida das empresas. Este aumento, particularmente no setor financeiro (0,7 mil milhões de euros), foi resultado da aquisição de títulos de dívida de curto prazo emitidos por sociedades não financeiras e efeitos de valorização.

Quanto às famílias, a dívida teve um crescimento mais modesto, apenas 0,03%, marcando o fim de oito meses consecutivos de redução do endividamento dos particulares.

No setor público, observou-se um acréscimo de 205 milhões de euros no endividamento, destacando-se o aumento junto das administrações públicas (0,7 mil milhões de euros) e do setor financeiro (0,4 mil milhões de euros), parcialmente compensado pela redução junto do exterior (1,0 mil milhões de euros). Este ano, apenas em março, o nível de endividamento do setor público não aumentou.

 

As mudanças do Orçamento de Estado 2024 nas PMEs

A proposta de Orçamento do Estado para 2024 tem um foco direcionado para famílias e pensionistas, com poucas medidas específicas voltadas para as empresas.
Algumas medidas no entanto podem impactar as Pequenas e Médias Empresas (PME), são elas:

1. Reforço do incentivo fiscal à capitalização das empresas: A remuneração sobre investimento com capitais próprios terá uma taxa de benefício maior, baseada na Euribor a 12 meses acrescida de um diferencial de 1,5% a 2%. Esta majoração do benefício será de 50% em 2024, 30% em 2025 e 20% em 2026.

2. Bónus aos trabalhadores isento de IRS e TSU: Empresas que aumentem salários em média 5% ou mais poderão conceder bónus isentos de IRS e TSU, independentemente do salário base do trabalhador.

3. Salários de trabalhadores qualificados elegíveis para benefícios fiscais ao investimento: Os custos salariais de trabalhadores qualificados (com mestrado ou superior) serão incluídos no cálculo dos benefícios fiscais para projetos de investimento em Portugal.

4. Redução das tributações autónomas na compra de viaturas: As taxas de tributação autónoma na aquisição de viaturas serão reduzidas para veículos com custo de aquisição inferior a 35.000 euros.

5. Incentivo ao abate de carros: Criação de um incentivo ao abate de carros mais antigos, com o objetivo de promover a descarbonização do parque automóvel.

6. Apoio extraordinário a encargos com eletricidade e gás: Gastos e perdas com eletricidade e gás podem ser majorados em 20%, considerando o período entre janeiro de 2023 e 2024.

7. Alargamento do regime das stock options a fundadores: O regime fiscal das stock options será alargado a membros de órgãos sociais e a entidades que tenham criado o plano no ano de sua constituição ou no primeiro ano de atividade.

8. Redução da taxa de IRC para startups: Startups (com menos de 10 anos de atividade, menos de 250 trabalhadores e volume de negócios inferior a 50 milhões de euros) terão uma redução da taxa de IRC de 17% para 12,5% aplicável aos primeiros 50 mil euros de matéria coletável.

Além disso, a proposta prevê um aumento significativo do salário mínimo nacional, atingindo 820 euros em 2024, com o objetivo de chegar a 900 euros em 2026, representando o maior aumento anual do salário mínimo nacional.

O contexto económico é desafiador, com taxas de juro elevadas, o arrefecimento da economia europeia e preocupações sobre a inflação. A economia portuguesa está prevista para crescer 1,5% em 2024, acima da média da zona euro, que se espera cresça apenas 1,0%. Estas são as últimas previsões do Banco Central Europeu (BCE).

Para mais informações contacte-nos.

Salário mínimo será de 820 euros em 2024

A revisão do Acordo de Concertação Social assinada recentemente estabelece um aumento salarial de 5% para o próximo ano. Isso resultará no aumento do salário mínimo de 760 euros para 820 euros em 2024. Além disso, inclui a atualização dos escalões do IRS, o aumento das pensões e o reforço do programa IRS Jovem. O acordo foi assinado pelo Governo e parceiros sociais, à exceção da CGTP e da CIP. Este acordo visa melhorar os rendimentos, salários e a competitividade, e foi reforçado após dois anos de pandemia e conflitos na Ucrânia.

Uma das novas medidas prevê o apoio à manutenção do emprego em setores sazonais, incluindo formação profissional certificada durante períodos de inatividade para prevenir o desemprego associado a esses setores.

Este aumento poderá trazer alguma dificuldades económicas a certas empresas pelo que é importante os empresários tomarem medidas que fomentem a produtividade dos trabalhadores. No final de 2022, dados do gabinete de estatísticas da União Europeia apontavam que, em média, a produtividade por trabalhador é 28% inferior à média dos países da zona Euro. Portugal só estava abaixo da Grécia e da Eslováquia neste ranking, sendo que no espaço de seis anos foi ultrapassado pela Estónia, Letónia e Lituânia, Croácia, Roménia e Polónia.

Plástico muito leve, pesado

foto: unsplash.com

O Governo vai propor a criação de uma taxa de 4 cêntimos a ser paga sobre os sacos de plástico muito leves. Essa proposta faz parte do Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024) apresentado pelo Ministério das Finanças. De acordo com a proposta, a contribuição de 4 cêntimos será paga pelo consumidor final e incidirá sobre sacos de plástico leves e muito leves produzidos, importados ou adquiridos em Portugal continental, bem como sobre aqueles que sejam enviados para o país. Estes sacos são comumente utilizados na venda a granel de produtos como pão, frutas e vegetais frescos.

A proposta orçamental também menciona que estão isentos dessa nova contribuição os sacos usados em “contexto social ou humanitário, nomeadamente na distribuição social de alimentos ou no combate ao desperdício alimentar.”

No que diz respeito à distribuição das receitas geradas por essa taxa, 50% serão recolhidos pelo Estado, 20% pelo Fundo Ambiental e 20% pelo Fundo de Modernização do Comércio. O último destina-se a implementar medidas de sustentabilidade empresarial, incluindo o desenvolvimento de novos modelos de negócio.

Essa medida visa incentivar a redução do uso de sacos de plástico e promover a sustentabilidade ambiental, ao mesmo tempo que gera receita para financiar iniciativas relacionadas com a proteção do ambiente e o apoio ao comércio sustentável.

O resultado não irá será o aumento de bens de primeira necessidade?

Apoios à contratação – Programa AVANÇAR

O AVANÇAR consiste na concessão, à entidade empregadora, de um apoio financeiro à contratação sem termo, a tempo completo, de jovens desempregados, inscritos no IEFP, com qualificação de nível superior, e cuja retribuição estabelecida no contrato de trabalho seja igual ou superior a 1330 euros, conjugado com um apoio financeiro ao pagamento de contribuições para a segurança social, no primeiro ano de vigência dos contratos de trabalho apoiados.

O programa prevê ainda a concessão ao jovem de um apoio financeiro à sua autonomização.

Podem ser promotores pessoa singular ou pessoa coletiva, de natureza jurídica privada, com ou sem fins lucrativos.

Destina-se a jovens desempregados inscritos no IEFP (com inscrição ativa), com idade igual ou inferior a 35 anos e que tenham uma qualificação de nível 5, 6, 7 ou 8 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), nos termos da Portaria n.º 782/2009, de 23 de julho.

O apoio financeiro à contratação correspondente a:
a) 18 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS)* para as candidaturas apresentadas durante os anos de 2023 e 2024;
b) 12 vezes o valor do IAS, para as candidaturas apresentadas durante o ano de 2025;
c) 10 vezes o valor do IAS, para as candidaturas apresentadas durante o ano de 2026.

Para mais informações contacte-nos.

fonte: IEFP

O mito da dedução dos seguros no IRS

imagem: unsplash

Os prémios dos seguros de saúde são dedutíveis em IRS, segundo o artigo 78.º-C do Código do IRS.
É importante referir que essa dedução é de apenas 15% do valor, para seguros exclusivos de riscos de saúde e, que juntamente com outras despesas, nomeadamente as de saúde, o limite é de 1000€ por agregado familiar.
Contribuintes casados que optam por apresentar a declaração de IRS em separado, podem deduzir 500 euros por cada elemento do casal.