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Conselho de Finanças Públicas Prevê Dívida Pública de 82,7% do PIB em 2037

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) apresentou recentemente as suas projeções para a evolução da dívida pública em Portugal, antecipando uma redução significativa até 2037. De acordo com o relatório, a dívida pública deverá representar 82,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nesse ano, um progresso importante face aos níveis atuais. Esta previsão surge como um reflexo de um esforço continuado para garantir a sustentabilidade das finanças públicas, em linha com as metas estabelecidas pelas instituições europeias.

A descida projetada é sustentada por políticas orçamentais rigorosas e pela contenção do défice público, embora o CFP alerte para os desafios que poderão afetar esta trajetória. Entre os principais obstáculos estão as questões demográficas, como o envelhecimento da população, que poderá pressionar as despesas públicas, particularmente na segurança social e na saúde. Além disso, a baixa produtividade económica é apontada como outro fator de risco que poderá dificultar o ritmo de crescimento necessário para suportar esta redução da dívida.

Segundo o CFP, é essencial que Portugal continue a implementar políticas que promovam o crescimento económico sustentável. Reformas estruturais no mercado de trabalho e no sistema educativo, bem como incentivos ao investimento privado, são vistas como fundamentais para aumentar a competitividade do país. Paralelamente, a disciplina orçamental deverá ser mantida para evitar desvios que possam comprometer os objetivos de redução da dívida.

Outro ponto relevante destacado pelo relatório é a importância de aproveitar o contexto atual de taxas de juro relativamente baixas. Este cenário oferece uma oportunidade para renegociar ou reestruturar parte da dívida pública, o que pode reduzir o peso dos encargos financeiros no orçamento do Estado. No entanto, o CFP alerta que o aumento das taxas de juro nos mercados internacionais poderá representar um risco adicional no médio e longo prazo.

Em conclusão, as projeções do Conselho de Finanças Públicas oferecem uma perspetiva moderadamente otimista para a evolução da dívida pública em Portugal, mas destacam a necessidade de um compromisso contínuo com reformas e políticas prudentes. A sustentabilidade das finanças públicas depende de um equilíbrio entre o controlo da dívida e a promoção de condições que favoreçam o crescimento económico.

Mais uma empresa portuguesa adota semana de trabalho reduzida sem cortes salariais

A Poças, uma empresa portuguesa do setor dos vinhos com mais de 100 anos de história, decidiu implementar um modelo de semana de trabalho mais curta para os seus 45 trabalhadores, sem reduzir os salários. Esta iniciativa, em vigor por um período experimental de 12 meses, consiste em oferecer as tardes de sexta-feira livres aos funcionários, totalizando 37,5 horas de trabalho semanais, distribuídas por quatro dias e meio. Anteriormente, os trabalhadores administrativos já tinham uma carga horária semanal de 37,5 horas, mas distribuídas por cinco dias, enquanto os trabalhadores do armazém trabalhavam 40 horas semanais.

Paulo Pintão, diretor administrativo da Poças, explicou que esta é a primeira vez que a empresa testa um modelo semelhante ao da semana de trabalho de quatro dias, com o objetivo de harmonizar a vida pessoal e profissional dos funcionários e incentivar a retenção de talento. Este teste está a ser monitorizado pelos professores Pedro Gomes e Rita Fontinha, que coordenaram um projeto-piloto nacional sobre a semana de quatro dias.

A decisão de adotar este modelo também responde à necessidade de empresas menores oferecerem vantagens competitivas em relação às empresas maiores para reter trabalhadores valiosos. Os resultados preliminares de um projeto-piloto nacional indicam que 85% dos trabalhadores participantes só considerariam mudar para uma empresa com um horário tradicional de cinco dias se houvesse um aumento salarial superior a 20%.

Os funcionários da Poças acolheram bem a mudança, reportando uma melhoria na qualidade de vida. A empresa espera avaliar o impacto completo do modelo em termos de produtividade e outros aspetos ao longo do ciclo completo da atividade vitivinícola, garantindo assim uma análise abrangente dos benefícios e desafios desta nova abordagem.

Fonte: https://eco.sapo.pt

Postura empresarial

Um novo colaborador pediu-me um dia de folga.
Aprovei imediatamente.
Ele ficou surpreendido e perguntou-me: “Mas não quer saber o motivo?”

A minha resposta foi: Não preciso de saber os detalhes.

Eu contratei-o para fazer um trabalho e confio em si para isso.

Você pode escolher como fazê-lo. Venha para o escritório motivado e feliz!

Das 9h às 17h? Sem problema. Trabalha em casa? Sem problema. Sai mais cedo? Sem problema. Trabalha na oficina enquanto arranjam o seu carro? Sem problema.

Somos todos humanos.
Eu não preciso saber se você se vai atrasar por causa de uma consulta médica ou se está a sair mais cedo devido a um assunto pessoal.

É triste como infantilizamos tanto o ambiente de trabalho, que os colaboradores sentem a necessidade de pedirem desculpa por terem vida pessoal.

Eu confio em si.

Créditos: Brigette Hyacinth

Teletrabalho, indiscutivelmente positivo

foto: unsplash.com

Um estudo envolvendo mais de 554 empresas revelou um notável aumento no crescimento das empresas que adotam políticas de trabalho remoto!

A pesquisa, conduzida pela Scoop Technologies e pelo Boston Consulting Group, apresentou um dado impressionante: empresas que implementam políticas de trabalho remoto registraram um crescimento de receita quatro vezes superior em comparação com aquelas que mantêm políticas rígidas de trabalho presencial.

Durante o período entre 2020 e 2022, essas empresas observaram um aumento nas vendas de 21%, enquanto aquelas mais presenciais cresceram apenas 5%.

Isso evidencia como a flexibilidade no local de trabalho não apenas impulsiona a produtividade, mas também contribui significativamente para o sucesso financeiro das empresas.

Aqui estão os resultados da pesquisa:

  • Empresas consideradas “totalmente flexíveis” (remotas ou com opção de trabalho presencial) tiveram um aumento nas vendas de 21% entre 2020 e 2022, ajustadas por setor.
  • Empresas com políticas híbridas ou totalmente presenciais cresceram apenas 5% no mesmo período.
  • A análise englobou 554 empresas de 20 setores diferentes, empregando um total de 26,7 milhões de pessoas.
  • Entre as empresas que exigiam alguma presença no escritório, aquelas com trabalho híbrido apresentaram um crescimento duas vezes maior em comparação com as totalmente presenciais.
  • A possibilidade de contratar mais rapidamente, proveniente de uma área geográfica mais ampla, e a maior retenção de funcionários podem estar associadas à maior taxa de crescimento para empresas favoráveis ao trabalho remoto.